A Anunciação é um dos temas mais populares da arte cristã, e foi encontrada já no 4º século DC, nas catacumbas de Roma. Na tradição da peregrinação copta, a tatuagem da Anunciação mostra a Virgem Maria com as mãos postas e a cabeça baixa e um anjo próximo ou descendo. Representa o momento em que o anjo Gabriel anuncia a Maria que ela conceberá um Filho do Espírito Santo que é representado pela pomba com um halo radiado, a ser chamado de Jesus (Lucas 1: 26-38).
A Igreja ensinava que a Anunciação acontecia na primavera, “na época das flores”. Além disso, de acordo com os estudiosos da época de São Bernardo, o nome Nazaré em hebraico significa uma flor. O significado e o simbolismo das flores é um estudo difícil em si mesmo. Vários deles estão ligados à Virgem Maria e podem ser encontrados em várias imagens dela. Portanto, flores totalmente brancas representam a Virgem, enquanto todas as flores vermelhas representam a crucificação de Cristo.
Em algum lugar por volta do 7º século, o Ven. Beda (673-735) ligou a Virgem Maria a um lírio branco, as pétalas brancas que significam seu corpo virginal puro, assim como as anteras douradas o brilho de sua alma. Os lírios são símbolos comuns nas Anunciações pintadas e podem ser complementados por vários outros emblemas de castidade espalhados pelo quarto: um espelho acima da cama com dossel, a própria cama com seu único travesseiro.
Algumas pinturas da Anunciação geralmente estão cheias de itens aparentemente irrelevantes, mas poucos deles estão lá apenas para decoração. A linguagem, assim como o significado dos símbolos, era familiar para aqueles que encomendaram e pintaram essas imagens, mas agora um pouco de pesquisa foi necessária para entendê-las completamente. A maioria deles tem significado religioso; alguns têm um significado local ou representam o doador de alguma forma.
Embora a Anunciação seja menos usada hoje, ela já teve um lugar mais importante perto da arte cristã, principalmente por retratar um evento que é o prelúdio da redenção do mundo.
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